Bebês também podem ser leitores
Quando esperamos um bebê em nossa família, nos preparamos cheios de expectativas para recebê-lo: arrumamos seu quarto, compramos o enxoval e seu berço, fazemos chás de fralda, escolhemos as melhores mamadeiras e utensílios e muito mais!
E os livros? Que lugar ocupam nessa espera?
Que canções iremos cantar-lhes? Com que parlendas brincaremos com eles? Que histórias povoarão os seus sonhos? Que poemas os farão apreciar a sonoridade das palavras?
Os primeiros livros dos bebês são o corpo, o rosto e a voz de seus pais. Os gestos, a intencionalidade da ação e a musicalidade da língua com a qual seus familiares comunicam suas atividades diárias e as canções que aprenderam na infância, são as “palavras” que serão lidas, desde cedo, pelos pequenos. Receber uma nova vida também trata-se disso: regá-la com a ternura e o carinho que há na linguagem escrita e falada para que possa chegar ao nosso mundo com segurança e alegria.
Além do leite materno e preciso nutrir nossas crianças com palavras! E, assim como nos preocupamos em oferecer-lhes os melhores alimentos para que cresçam fortes e saudáveis, é importante que estejamos atentos também às obras lhes apresentam o mundo das palavras escritas.
Daí a importância de sermos, de fato, presentes quando estamos juntos, de falarmos e cantarmos enquanto os tocamos e os acariciamos. Estas são as primeiras formas de aproximação das crianças com a leitura. Se juntarmos a isso o pretexto de ficarmos juntos para lermos bons livros, certamente, não estaremos formando apenas leitores, mas seres humanos melhores.
Que canções iremos cantar-lhes? Com que parlendas brincaremos com eles? Que histórias povoarão os seus sonhos? Que poemas os farão apreciar a sonoridade das palavras?
Os primeiros livros dos bebês são o corpo, o rosto e a voz de seus pais. Os gestos, a intencionalidade da ação e a musicalidade da língua com a qual seus familiares comunicam suas atividades diárias e as canções que aprenderam na infância, são as “palavras” que serão lidas, desde cedo, pelos pequenos. Receber uma nova vida também trata-se disso: regá-la com a ternura e o carinho que há na linguagem escrita e falada para que possa chegar ao nosso mundo com segurança e alegria.
Além do leite materno e preciso nutrir nossas crianças com palavras! E, assim como nos preocupamos em oferecer-lhes os melhores alimentos para que cresçam fortes e saudáveis, é importante que estejamos atentos também às obras lhes apresentam o mundo das palavras escritas.
Daí a importância de sermos, de fato, presentes quando estamos juntos, de falarmos e cantarmos enquanto os tocamos e os acariciamos. Estas são as primeiras formas de aproximação das crianças com a leitura. Se juntarmos a isso o pretexto de ficarmos juntos para lermos bons livros, certamente, não estaremos formando apenas leitores, mas seres humanos melhores.
Confira uma seleção de livros testados e aprovados por pais e bebês ouvidos pela equipe do Leitura Em Rede:
O livro Bruxa, bruxa venha à minha festa (Brinque-Book), de Arden Druce, tornou a autora conhecida no Brasil por ser adorado por leitores de todas as idades. Com uma longa experiência como bibliotecária para crianças, Arden criou essa história interativa e cíclica (o final nos remete ao começo novamente), que favorece a memorização e o reconto por leitores iniciantes. O texto repete um convite a vários personagens assustadores para uma festa, e é nas ilustrações que o leitor pode dar asas à sua imaginação. Pat Ludlow conseguiu expressar nas imagens, que ocupam toda a página e são ricas em detalhes, personagens monstruosos do mundo das histórias que, surpreendentemente, encantam as crianças pequenas.
Salada, saladinha (Moderna) é um livro que mistura parlendas, adivinhas e trava-línguas nesta coleção da Moderna chamada “Na Panela do Mingau”. Se para o leitor adulto que já conhece esses textos é uma alegria poder revisitá-los, imaginem para o leitor iniciante que adentra numa atmosfera toda lúdica e estimulante. As letras em caixa alta e as páginas de um colorido muito vivo combinam desenhos que prezam pela simplicidade à brincadeira sonora, incitando à imaginação e ao erro como instrumento de prazer e aprendizado. Evidentemente, trata-se de uma leitura muito dinâmica e, por isso, combina com um ambiente em que a leitura seja dividida: ser alegre e rir junto com o outro é mais divertido do que sozinho! É um livro ideal para leitura em família, aproximando pais e filhos em um jogo que remete às brincadeiras sonoras que povoaram a infância de muitos de nós.
Guido Van Genechten faz uma deliciosa brincadeira de descoberta nessa coleção dedicada aos pequenos. Por meio de um delicioso jogo de imagens, os leitores são desafiados a descobrir qual é o animal apresentado em cada uma das páginas.
Ao desdobrar a cartolina, o animal da capa vai se transformando em quatro outros muito diferentes. O último tem 70 cm.
Por ter um formato divertido e apresentar imagens intrigantes e atraentes, a obra pode tornar-se um divertido brinquedo nas mãos daqueles que estão começando a descobrir o mundo.
Do mesmo autor, a coleção ainda tem os livros É um gato?, É um ratinho? e É um caracol? (Ed.Global).
Ao desdobrar a cartolina, o animal da capa vai se transformando em quatro outros muito diferentes. O último tem 70 cm.
Por ter um formato divertido e apresentar imagens intrigantes e atraentes, a obra pode tornar-se um divertido brinquedo nas mãos daqueles que estão começando a descobrir o mundo.
Do mesmo autor, a coleção ainda tem os livros É um gato?, É um ratinho? e É um caracol? (Ed.Global).
A casa sonolenta (Ática) faz parte da coleção Abracadabra que inclui outras obras consagradas da autora americana Audrey Wood e de seu marido, o ilustrador Don Wood, como O rei bigodeira e sua banheira e Os dez porquinhos. O livro apresenta um enredo acumulativo que encanta as crianças, através de repetições que dão um tom sonolento à leitura. A cada página, novos personagens aparecem para dormir na cama, até que uma pulga saltitante pica o rato e começa a acordar todos os outros. As ilustrações merecem destaque, pois as cores utilizadas se modificam de acordo com a atividade na casa: mais sombrias para o sono dos personagens e mais vivas para quando estão acordados.
A primeira edição de A arca de Noé (Companhia das Letrinhas), do poeta carioca Vinicius de Moraes, foi publicada em 1970 e muito elogiada pela crítica. De lá para cá, os poemas já foram imortalizados em canções compostas por Toquinho e fazem parte do imaginário infantil de muitas gerações – prova de que se trata de um clássico. Dos 32 poemas que compõem o livro, 23 são dedicados aos bichos, incluindo os famosos “O pato” e “A foca”. Apresentados sob diferentes formatos, os textos ora trazem uma divertida conversa entre os animais, ora descrevem suas características e peripécias. As leves ilustrações em preto e branco são de Laurabeatriz e ocupam pequeno espaço nas páginas, primando pelo humor e delicadeza.
Por fazer parte do repertório de leitura de muitas gerações, a obra pode ser uma deliciosa porta de ligação entre as infâncias de pais e filhos.
Quem tem medo de seres assustadores? E de um grande mosntro verde? As crianças que lerem este livro, com certeza, irão se assustar… O monstro é formado a cada página e parece horripilante. Mas isso tem de parar: você pode dizer basta, pode dizer “Vai embora, grande monstro verde!”. Será que ele vai? Ed Emberley, artista-ilustrador, conseguiu tratar de um dos temas que mais assuta as crianças, o medo de monstros, de maneira criativa e bela.
Livros com pop-pup encantam as crianças por terem sempre algo para mexerem. Este, em especial, tem várias abas, todas para revelar o que tem dentro das fraldas dos animais. Ratinho é muito curioso e quer saber o que tem dentro de tudo, até mesmo nas fraldas dos amigos. Sempre que abrem uma encontram cocô, menos a do Ratinho que faz no peniquinho. É um bom livro para ser lido a crianças que estão no processo de desfralde e iniciar uma conversa sobre o tema.
O sapo Bocarrão (Companhia das Letrinhas) faz parte da mesma coleção que tem O porco narigudo e A girafa que cocoricava. É um divertido livro que encanta as crianças pelas dobraduras que saltam aos olhos e nos fazem reagir de diferentes formas. O sapo come moscas com sua boca imensa e sai perguntando aos outros animais o que eles comem, até encontrar um crocodilo enorme dizendo que come sapos de boca bem grande. No mesmo instante, Bocarrão fecha sua boca e pula no lago. O leitor infantil poderá interagir com o livro e desfrutar de ilustrações coloridas e cheias de vida.
E como não poderíamos deixar de indicar, é preciso sempre apresentar aos leitores de todas as idades o universo maravilhoso dos contos de fadas.
As páginas de Meu primeiro livro de contos de fadas, ricamente ilustradas e coloridas por Julie Downing, ajudam o leitor a entrar no universo do mundo maravilhoso dos contos de fadas.
Histórias europeias tradicionais e amplamente conhecidas, como “Cinderela”, “Rapunzel”, “A Bela e a Fera”, mesclam-se a contos menos conhecidos do público brasileiro, como “A mulher do pescador” e “Diamantes e Sapos”.
Os recontos de Mary Hofmann não são de um único autor e, ao final, apresenta-se, além de uma pequena biografia de cada escritor, a respectiva autoria de cada texto.
As páginas de Meu primeiro livro de contos de fadas, ricamente ilustradas e coloridas por Julie Downing, ajudam o leitor a entrar no universo do mundo maravilhoso dos contos de fadas.
Histórias europeias tradicionais e amplamente conhecidas, como “Cinderela”, “Rapunzel”, “A Bela e a Fera”, mesclam-se a contos menos conhecidos do público brasileiro, como “A mulher do pescador” e “Diamantes e Sapos”.
Os recontos de Mary Hofmann não são de um único autor e, ao final, apresenta-se, além de uma pequena biografia de cada escritor, a respectiva autoria de cada texto.