sexta-feira, 23 de maio de 2014

Formação Continuada

    A Formação Continuada envolve a área de Educação. Volta-se para uma perspectiva mais aplicada com temas envolvendo os docentes da rede e a sua própria atuação dos mesmos dentro da instituição.
     Segundo Nóvoa(1995, p.25), “a formação não se constrói por acumulação de cursos, conhecimentos e técnicas, mas sim, através de um trabalho de reflexibilidade crítica sobre práticas e de reconstrução permanente da identidade pessoal”.  A Formação caracteriza-se pela troca de experiências e estudos realizados, metodologias voltadas para a criança de 1 a 5 anos, com base em métodos que tenham foco a ludicidade, música e fantasia. Visando o aperfeiçoamento desses processos no que tange o trabalho na sala de aula, tomada de decisão, planejamento e execução de projetos na sala de aula.
     Aconteceu dia 22 e 23/05/2014 na Casa do professor Ilda Colle,  ministrada pelas professoras Graziela Giacomazzo e Gislene Camargo da UNESC.
          Segundo a professora Gislene Camargo "A educação infantil, primeira etapa da educação básica, hoje não limita-se apenas ao "Cuidar," mas a questão pedagógica encontra-se presente desde a recepção das crianças. Nesse sentido, o trabalho com projetos organiza, amplia, legitima a ação do professor."















quinta-feira, 22 de maio de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Criança e Adolescentes

       Na manhã de  segunda-feira(12/05/2014) aconteceu a caminha alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com muito rap, paródias, coreografias e chamadas de conscientização. 
     Apresentar o problema publicamente é uma maneira de trabalharmos juntos para que o mesmo seja erradicado. Parabéns a todos que tem coragem de fazer este enfrentamento e saibam que sempre terão o apoio total do governo e da sociedade. A nossa caminhada percorreu a rua principal da cidade com paradas para apresentações organizadas pelos alunos das escolas e CEIs participantes. Nas letras compostas pelos pequenos o número para denúncias, “Disque 100”, foi o foco, assim como as palavras: obrigada, por favor, com licença, ressaltando que a educação é o melhor caminho para se obter a paz.
O Centro de Educação Infantil Favinho de Mel fez uma bela apresentação.
Parabéns Diretora Ieda Elias e Professora Nilvia Silveira.










  

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Oito questões sobre como trabalhar com brinquedos

Conheça as respostas para oito dúvidas frequentes na hora de incorporar esses recursos à rotina dos pequenos para garantir diversão e aprendizagem

Beatriz Santomauro (bsantomauro@fvc.org.br)
Colaborou Cinthia Rodrigues

Foto: Kayke Vieira/Prappas Imagens
A TURMA TODA GOSTA
 Na CEINF Lafayete Câmara, o acervo de brinquedos da pré-escola é diversificado
























Brincar é a linguagem que as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo e interagir com o outro. Quando ela é incentivada, a turma adquire novas habilidades e desenvolve a imaginação e a autonomia. É possível brincar sem ter nada em mãos. Como ocorre durante o pega-pega e a ciranda, por exemplo. Mas os brinquedos têm papel fundamental no desenvolvimento infantil. Para que eles cumpram bem essa função, não basta deixar o acervo da pré-escola ao alcance dos pequenos, imaginando que, por já brincarem sozinhos em casa, eles saberão o que fazer. É essencial oferecer objetos industrializados e artesanais, organizar momentos em que o grupo construa seus próprios brinquedos e ampliar as experiências da meninada. Tudo isso sempre equilibrando quantidade, qualidade e variedade, o que significa exemplares variados, seguros, resistentes e com um bom aspecto estético.

Conheça as respostas para oito dúvidas frequentes na hora de incorporar esses recursos à rotina dos pequenos para garantir diversão e aprendizagem


1 Como trabalhar bem sem uma brinquedoteca?
Ela não garante um trabalho bem-feito. Além disso, não é interessante que os brinquedos fiquem restritos a um ambiente. As crianças precisam encontrá-los em vários lugares e momentos. A preocupação maior deve ser em relação à organização do local e ao acesso dos pequenos aos itens. De nada adianta ter uma brinquedoteca se ela sempre estiver fechada ou se a turma só usá-la esporadicamente. Se ela existir, o acesso deve ser livre, assim como a circulação de brinquedos pela escola.

2 O que fazer se não existem brinquedos para todos?
É importante organizá-los para que sejam compartilhados, garantindo que todos brinquem. Os educadores devem planejar intercâmbios de objetos entre as turmas e a interação entre elas, inclusive reunindo crianças de idades diferentes (leia a atividade permanente). A garotada tem muito a ganhar: há trocas de ideias e o brincar se torna mais rico.

3 Armas de brinquedo devem fazer parte do acervo?
Mais do que decidir por incluir armas ou outros objetos, o importante é que as crianças possam elaborar ideias sobre o bem e o mal. Nas brincadeiras, o vilão é tão importante quanto o mocinho, portanto os pequenos têm de lidar com ambos no universo lúdico.

4 Há itens adequados para meninos e para meninas?
Não. Se o brincar é um modo de representar, experimentar e conhecer as culturas, não faz sentido imaginar que panelinhas são só para meninas, e carrinhos, para meninos. Todos precisam ter acesso a qualquer item sem distinção e ficar livres para escolher com o que brincar. Elaine Eleutério, coordenadora pedagógica da CEINF Lafayete Câmara, em Campo Grande, explica que, quando os meninos, por exemplo, se negam a participar das brincadeiras de casinha por acreditarem que isso não é coisa de homem, os educadores entram em cena. "Questionamos a validade da afirmação com os pequenos. Dizemos que existem homens que fazem as tarefas domésticas e perguntamos se a turma conhece alguém que faça isso no dia a dia", diz.

5 É interessante usar sucata para incrementar o acervo?
Sim, não há problema em reaproveitar materiais. Ao eleger quais vão ser usados, é necessário questionar a utilidade que eles terão. Não se trata de aproveitar qualquer coisa para montar brinquedos, e sim criar brinquedos com objetos interessantes, de qualidade, bonitos e que não sejam perigosos. O ideal é deixar à disposição itens de uso não evidente, como rolos de papel-alumínio, e estimular os pequenos a conferir utilidade a ele, montando lunetas, binóculos ou cornetas, por exemplo.

6 Deve-se permitir levar brinquedos de casa?
Sim. As crianças gostam de fazer isso para mostrar aos outros quem são e do que gostam. Também o fazem para ter por perto um objeto pessoal com o qual se identificam e têm familiaridade. Combinados com a turma e com as famílias sobre emprestar os objetos para os colegas brincarem, ter cuidado para não danificá-los, misturá-los ao acervo, perder os esquecê-los ajuda a evitar problemas. É válido elaborar uma lista coletiva do que não é legal levar, dos brinquedos que não se quer emprestar, que tenham peças muito pequenas ou que já existam na escola e divulgá-la para os pais. Estipular um dia para que todos levem seus brinquedos pode ser uma alternativa interessante desde que não seja esse o único dia que eles tenham para brincar.

7 Quais objetos fazem as vezes dos brinquedos?
Há muitos que podem enriquecer a brincadeira. Quem acha que os pequenos precisam de algo específico são os adultos. O acervo pode ter coisas perenes, como caixas de madeira e tecidos. "Eles podem ser usados para construir diversos itens", explica Cisele Ortiz, coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. Lupas, fitas métricas e lanternas são ótimos para estimular a meninada a estudar e explorar o ambiente.
8 Como evitar que a turma destrua os brinquedos?
Primeiramente, é fundamental compreender que mesmo os objetos de qualidade não são eternos. Depois, brinquedo desgastado é sinônimo de brinquedo usado. Explique às crianças que cuidados são essenciais para manter os itens em bom estado para serem usados por outros colegas que chegarão à pré-escola no futuro, por exemplo. Novos brinquedos no acervo, principalmente aqueles que o grupo não conhece, pedem atenção. Ninguém sabe como cuidar do que nunca viu e que não sabe como funciona.

Reportagem sugerida por 3 leitoras: Daiana Aparecida Bueno Grecco, Guaxupé, MG, Elma Cristina de Oliveira Chaves, Pacajus, CE, e Juliana Martins, Carvalhópolis, MG
Quer saber mais?
CONTATOS 
CEINF Lafayete Câmara, tel. (67) 3314 7497
Cisele Ortiz

BIBLIOGRAFIA
Professor da Pré-Escola (Vol. 1)
, Monique Deheinzelin e Zélia Vitória Cavalcanti Lima, 198 págs., Ed. Globo, tel. (11) 3767-7863, 30 reais
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O que tem dentro deste cesto?

Diferentes objetos instigam os sentidos e levam a turma a uma exploração atenta

Beatriz Santomauro (bsantomauro@fvc.org.br).
 Colaborou Elisa Meirelles

"Quando colocamos os pequenos em frente a um cesto cheio de objetos e eles começam a explorá-los, basta observar um pouco para saber o que estão sentindo. Uns sorriem quando pegam um retalho de camurça, outros tiram a mão rapidamente se encostam na lixa e muitos ficam curtindo a maciez do algodão no rosto." A declaração é da professora Kátia Maldonado dos Santos, da CEINF Iber Gomes de Sá, em Campo Grande. A cada 15 dias, ela organiza um cesto repleto de materiais instigantes e o apresenta à turma, com bebês de 10 meses a 1 ano e meio.
       A atividade é realizada com o objetivo de estimular os sentidos - tato, olfato, paladar, audição e visão - além do movimento corporal. Como explicam as pesquisadoras inglesas Elinor Goldschmied (1910-2009) e Sonia Jackson no livro Educação de 0 a 3 Anos: o Atendimento em Creche (321 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 59 reais), trata-se de uma opção interessante para que a criança investigue o mundo ao seu redor. Ao observá-la interagindo com os objetos contidos no cesto, fica clara a quantidade de coisas diferentes que faz: olha, toca e apanha o material, o coloca na boca, lambe e balança, bate com ele no chão, derruba, descarta o que não atrai, faz uma seleção e junta vários, por exemplo.
      As duas explicam que, nessa fase, os pequenos se desenvolvem ao responder às informações recebidas por meio dos sentidos. "O cesto consiste em uma maneira de assegurar a riqueza de experiências do bebê em um momento em que o cérebro está pronto para receber, fazer conexões e assim utilizar essas informações", escrevem.
        Para que a atividade tenha bons resultados, é importante ofertar às crianças uma rica variedade de objetos. A preocupação esteve presente no trabalho realizado pela professora Kátia. Em uma atividade, ela dá ênfase a sensações táteis e visuais, e reúne no cesto materiais como lixas, camurça, esponjas de aço e algodão. A meninada tem oportunidade de tocar cada objeto, sentir a textura, passar no rosto, colocar na boca e também observar a forma e a cor.
      Na seção seguinte, a docente inclui no cesto garrafinhas de plástico transparente com diferentes quantidades de milho, sementes diversas ou arroz. "Os pequenos ficam muito curiosos porque, embora todas pareçam chocalhos, cada uma produz um som e tem um peso diferente", diz a educadora. Por meio da audição, as crianças se encantam ao perceber que podem fazer barulhos inusitados com esses materiais.
     Outra proposta de Kátia foca a percepção no olfato e no paladar. Pedaços de maçã, laranja e limão entram no rol de itens selecionados. As crianças podem provar os gostos azedo e doce e sentir o cheiro das frutas. Nesse momento, também conhecem a textura e a consistência delas. "Variar os itens do cesto é interessante para que a turma possa sempre encontrar coisas novas, além daquelas que já conhece", explica Ana Paula Yazbek, diretora pedagógica do Espaço da Vila, na capital paulista.
     As pesquisadoras inglesas recomendam também que os materiais selecionados não sejam brinquedos industrializados, mas itens comuns nas casas e de interesse da turma. É importante, obviamente, excluir objetos com cordas ou pontas cortantes, ou os que podem ser engolidos.
      O sucesso da atividade depende ainda de um bom planejamento e da organização da turma, que deve ter diversas possibilidades de explorar o cesto. Na CEINF Iber Gomes de Sá, Kátia divide os pequenos em dois grupos: enquanto um está envolvido na descoberta dos objetos o outro faz um trabalho alternativo, sob a supervisão de duas auxiliares. "Percebi que quando todos os pequenos estavam reunidos em volta do cesto não era tão produtivo. Eles ficavam ansiosos esperando a vez e querendo disputar os itens", explica a professora. "Agora, procuro separar até 20 minutos para cada grupo." A proposta faz parte do rol de atividades permanentes planejadas por ela durante todo o ano.

Deixar a turma livre para explorar 
    A postura do professor, ao longo da atividade, também deve ser um ponto de atenção. "O papel do adulto consiste em garantir a segurança por meio de sua presença atenta, mas não ativa", orientam Elinor e Sonia em seu livro. No momento da exploração, é essencial observar e ficar de olho para evitar que os pequenos se machuquem. Ao mesmo tempo, o educador precisa deixar que experimentem diversas maneiras de se relacionar com os itens do cesto. Pode ser que alguns bebês fiquem certo tempo observando, sem pegar um objeto. Não há problemas, é importante dar a eles o direito de pensar e decidir. 

  As pesquisadoras lembram que qualquer um de nós, quando está concentrado em uma atividade prazerosa e que exige atenção, não gosta que alguém fique ao lado, dando palpites, sugestões ou elogiando. O mesmo acontece com a criança. Quando escolhe um objeto do cesto, ela precisa de tempo e espaço para analisá-lo e experimentá-lo, sem interrupções. Isso não quer dizer que o docente deve simplesmente colocar a turma ao redor do cesto e sair. Ao ficar por perto e acompanhar a atividade, mesmo sem intervir, ele passa segurança ao grupo, fazendo com que todos se sintam à vontade para explorar. "Mesmo bebês de 6 meses ficam pelo menos 15 minutos envolvidos com os objetos, o que é muito tempo para essa faixa etária", diz Ana Paula. 

   Os momentos em que os pequenos estão reunidos em volta do cesto são interessantes, também, para que interajam entre si. Ao observá-los, é possível notar trocas de olhares, sorrisos, sons e contatos físicos, tanto para mostrar algo ao colega quanto para disputar com ele. "Os bebês, apesar de se concentrarem em manipular os objetos que escolheram, não somente estão cientes da presença do outro como estão envolvidos em trocas interativas na maior parte do tempo", mostram, em sua obra, as pesquisadoras inglesas. 

Para os mais velhos, um cesto fechado 

  Além de ser interessante para crianças mais novas, a atividade pode entrar na rotina das que já têm de 1 ano e meio a 2. Para tanto, são importantes algumas adaptações. Em vez do cesto de vime, é melhor optar por um recipiente com tampa e uma abertura estreita. A ideia é que a turma não enxergue o que está dentro dele. 


  O docente deve, então, pedir que uma das crianças coloque a mão dentro da caixa e, por meio do tato, escolha um objeto. Em seguida, pode retirá-lo de lá, observá-lo e falar sobre ele. O papel do professor, além de planejar o que será disponibilizado, é provocar as crianças a notar mais e mais características e falar sobre elas, sem exagerar nas intervenções. "Muitas vezes, os pequenos repetem o que os outros dizem. O trabalho do educador é aproveitar esse momento para ampliar o repertório de palavras e expressões usadas por eles", explica Kátia.

1 Preparar o cesto Faça uma seleção de objetos que podem compor o cesto. Procure opções que agucem os sentidos. Mude os materiais diariamente, mesclando objetos novos e outros que a turma já conhece.

2 Organizar a turma Separe as crianças em grupos. Enquanto algumas estão junto ao cesto, as outras devem ter atividades alternativas. Planeje essa dinâmica com os auxiliares.

3 Apresentar o cesto Coloque os pequenos ao redor do cesto. Deixe que interajam com os objetos, sem interferir. Acompanhe a atividade, de modo a garantir a segurança deles.

http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/