Fernanda Duarte Araújo
Silva e
Sangelita Miranda Franco Mariano
Sabemos que as crianças possuem necessidades distintas entre si,
por isso não podemos fornecer “receitas mágicas” para o ensino de matemática, mas
podemos oferecer sugestões de atividades que podem ser recriadas e modificadas,
de acordo com a realidade em que está sendo trabalhada. Segue então algumas
possibilidades:
· Pedir que
a criança desloque-se em um espaço delimitado imitando o andar de vários animais: sapo e canguru, cachorro, macaco, pato, etc.
· Jogo do
trânsito: Recortar três cartões nas cores verde, amarela e vermelha. Os alunos
se deslocam no pátio de acordo com a cor dos cartões: verde – correr;
amarelo-andar; vermelho - parar.
· O que
está faltando? Divide-se a sala em dois times. Todos deverão observar
atentamente os objetos da sala. Um integrante de cada time sai da sala e um
objeto é escondido. Ao regressarem, deverão descobrir qual objeto está
faltando.
· O
fantasma: É escolhido um aluno, que sairá da sala, e uma criança é coberta com
um lençol. Ao retornar, o aluno terá que descobrir, observando atentamente os
colegas, quem é o “fantasma”. Revezam-se as crianças até que todos que queiram
tenham participado. Como variação desse jogo todos sentam em roda, um aluno sai
da sala e dois trocam de lugar. Ao retornar terá que descobrir quem trocou de
lugar.
· Colar em
uma folha sulfite uma figura de revista da qual falte uma parte, como, por
exemplo, metade de um relógio, a cabeça ou meio corpo de uma pessoa, etc. A
criança deverá completar a figura, desenhando. Uma variação para essa atividade
é colar uma figura completa na folha sulfite, imaginar um cenário relativo
àquela figura e desenhá-lo.
· Aumenta-aumenta:
Prender ou segurar uma corda pelas extremidades, de forma que fique bem
esticada e a uma pequena distância do chão. As crianças irão pular corda, que
será levantada a cada passagem. Quando esta ficar muito alta para ser pulada,
as crianças poderão passar por baixo. A corda também pode ser colocada mais
alta e abaixada a cada passagem, quando terão que rastejar. Aproveitar para
verbalizar a situação: Dá para pular? Por quê? E agora, vocês conseguem pular?
A corda está alta ou baixa?
· Derrube a
pilha: Empilhar objetos diversos, como latas e caixas, variando a quantidade e
a altura. Combina-se previamente quantas jogadas com a bola cada aluno cada
aluno poderá fazer para derrubar a pilha com a bola. Usar objetos em questão
para fazer a torre mais alta possível.
· Não pode
cair: Os próprios alunos poderão encher suas bexigas, e deverão estar em um
lugar amplo que facilite a movimentação. A um sinal do professor, as crianças
deverão bater com a mão na bexiga tentando mantê-la no ar o maior tempo
possível sem que esta toque o solo. Em um segundo momento, o professor poderá
variar os comandos, como: bater a bexiga bem alto, a bexiga voará baixo ficando
perto de sua mão etc.
· Propor
experiências com altura – Medir e comparar a altura de diferentes pessoas e
objetos, através do olhar ou da utilização de instrumentos de medida,
convencionais ou não.
· Brincadeira
do robô: Construir um percurso com várias opções de deslocamento, usando os
materiais disponíveis: cordas, sacos de areia, bambolês, mesas, cadeiras,
colchões, etc. Uma criança será o robô, e o professor (ou outra criança) terá o
“controle remoto”: Siga em frente, pare, vire à direita, pule, vire à esquerda
etc. invertem-se os papéis.
· Formar um
“trem” usando formas geométricas que se repetem, como nestes exemplos com
blocos lógicos: um quadrado pequeno azul, dois retângulos grandes vermelhos, um
triângulo pequeno amarelo, um quadrado azul, dois retângulos grandes
vermelhos...
· Vou
viajar, o que vou levar – A criança que iniciará a brincadeira dirá, por
exemplo: “Vou viajar e vou levar na mala uma blusa”. A segunda diz: “Vou viajar
e vou levar uma blusa e uma calça”. A terceira criança repete o que as duas
disseram e acrescenta mais um item. Quando a quantidade de objetos se torna
muito extensa, a brincadeira recomeça com novos itens. A mesma atividade poderá
ser realizada com outros temas como: “Fui ao supermercado e comprei...”, “Hoje
no almoço eu comi...” ou ”Fui ao zoológico e vi...”. Para facilitar, poderá
haver apoio visual dos objetos em questão.
· Pedir que
a criança passe a bola de uma mão à outra ou segure a bola com uma mão e passe
-a para as costas pegando-a com a outra mão, passando para frente
novamente. Inverter o sentido.
· Pular o
rio: duas cordas, paralelas uma à outra, formam um rio que será pulado e
alargado progressivamente.
· Quantificar
por estimativa: reunir alguns objetos em cima de uma mesa ou dentro de um pote
transparente e tentar adivinhar quantos objetos há. Conferir o resultado por
meio de contagem.
· Fazer um
numeral em tamanho grande no chão da sala de aula ou no pátio, usando fita
adesiva colorida, fita crepe, giz de lousa ou mesmo de tijolo, para que a
criança caminhe em cima dele no sentido do movimento.
· Desenhar
uma figura geométrica na cartolina e colar areia em seu contorno, deixando
secar bem. De olhos fechados, a criança passará o dedo, sentindo o contorno da
forma.
· Amarrar
um barbante no bico da bexiga e segurar na ponta. Dar um puxão e bater
repetidas vezes na bexiga, executando um movimento de vaivém.
Bibliografia
BRASIL.
Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: matemática. Brasília:
MEC/SEF, 1997.
KAMII,
Constance. A criança
e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget para a atuação com
escolares de 4 a
6 anos. Tradução
de Regina A. de Assis. Campinas, SP: Papirus, 1990.
REIS,
Silvia Marina Guedes dos. A
matemática no cotidiano infantil: jogos e atividades com crianças de 3 a 6 anos para o desenvolvimento do
raciocínio-lógico-matemático. Campinas,
SP: Papirus, 2006. (Série Atividades)
SMOLE,
Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez (orgs.) Ler,
escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
Nenhum comentário:
Postar um comentário