Projeto de Matemática: quem poupa se diverte e aprende!
20 de August de 2013 às 13:45 | Educação Infantil - Leninha Ruiz, Gestão Escolar
Projeto para trabalhar o sistema monetário: aprendizagem e diversão na certa!
Um faz de conta que faz muito sucesso na turma de 5 anos é o mercadinho. As crianças simulam situações de compra e venda, se dividem entre os papeis de vendedor, comprador e caixa e discutem valores com notas de brincadeira. Com essa atividade, além de aprenderem, elas se divertem muito!
Hoje, vou aproveitar o gancho do post da semana anterior sobre o ensino de Matemática para os pequenos dessa idade (acesse aqui) e vou compartilhar com vocês um plano para trabalhar o sistema monetário, elaborado por mim e pelos professores da escola Maria Alice Pasquarelli.
Considerando os objetivos do eixo de Matemática e observando a turma entusiasmada desse jeito que contei que pensamos no projeto “Quem poupa se diverte!”. Nele, planejamos atividades que envolvem o uso do nosso sistema monetário, a contagem de moedas, a ordenação e comparação de valores, o registro de quantidades monetárias e a realização de cálculos mentais e escritos a partir de situações problema. Todo esse trabalho tem um objetivo final (além do principal, que é a aprendizagem!): realizar um passeio bem bacana com os pequenos na última semana de aula.
Como o projeto funciona?
Logo no início, compartilhamos o objetivo do projeto com as crianças, dizendo que temos que juntar moedas para atingir um determinado valor para fazer o passeio. A saída pode ser passar o dia num sítio (com direito a passeio de charrete e piscina) ou outro local que seja legal. Antecipadamente, verificamos todos os custos por pessoa, inclusive do transporte, para que tenhamos uma meta. Geralmente, o valor fica em torno de 50 reais.
Na reunião de pais, apresentamos o projeto, que dura dois meses, e explicamos a importância de eles enviarem as moedas paulatinamente. Sugerimos que responsáveis comecem mandando 10 centavos para que os meninos aprendam a contar de 10 em 10. Depois, passamos para moedas de outros valores.
Para organizar todo o dinheiro, a escola compra dois cofres de plástico (porquinhos bem grandes!) para cada turma, que escolhe um nome para o banco de sua classe. A poupança é feita coletivamente, mas cada criança tem sua própria caderneta para registrar os valores que trouxe (veja aqui um exemplo). Depois de algumas semanas, enviamos um bilhete para as famílias informando o quanto seus filhos já têm e o quanto falta para atingir o valor estipulado.
Lidando com as famílias
É claro que temos algumas crianças que não trazem as moedas. Por isso, para entender a situação, procuramos conversar diretamente com os responsáveis para saber o motivo. Em alguns casos, as famílias têm condições financeiras, mas não participam da vida escolar dos filhos. Essas são as que, geralmente, nos apresentam mais dificuldade. Em outros, os familiares não têm condição financeira, mas, mesmo assim, enviam as moedas que podem.
Se não atingirem o valor necessário, a Associação de Amigos da Escola completa o que falta.
Independentemente de trazerem moedas ou não, todos os pequenos participam das atividades de contagem e registro de valores, pois fazemos cópias coloridas e plastificadas do dinheiro (veja aqui um modelo).
Abrindo o cofre
Depois de participarem de várias propostas envolvendo o sistema monetário (acesse aqui o planejamento), as turmas abrem os cofres para organizar as moedas e trocá-las em algum comércio para facilitar o pagamento. É interessante convidar dois responsáveis (mãe, pai ou irmãos mais velhos) para ajudar na tarefa de separar e contar o dinheiro. Além de acelerar o processo, demonstra transparência por parte da escola. Afinal, é bastante dinheiro!
Com dinheiro contado e trocado, partimos para o passeio, onde as crianças se divertem com os colegas e, principalmente, compreendem o valor de poupar!
A cada ano, esse projeto é revisado e procuramos melhorá-lo. Tem sido bem bacana, pois os pequenos nos surpreendem muito pelo o que já sabem sobre moedas e valores! Para alguns, é a primeira vez que lidam com isso, mas o importante é que todos aprendem bastante!
E na sua escola, já surgiu alguma proposta ao observar as brincadeiras dos meninos?
Um beijão, Leninha
**A partir do dia 23, o blog das Coordenadoras em Ação estará de casa nova, com o lançamento do novo site de GESTÃO ESCOLAR (clique aqui). Não deixe de acessar!
TAGS: Educação Infantil, Matemática, poupança
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Os jogos possibilitando a aprendizagem dos conteúdos de Matemática na turma de infantil II
23 de October de 2012 às 9:45 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Ensinar Matemática por meio jogos: uma boa estratégia para a Educação Infantil
Há alguns meses, a professora Sabrina, que faz parte da minha equipe, estava bem angustiada com os saberes de sua turma em relação aos conteúdos de Matemática. “Como que as crianças vão brincar de jogos de percurso se não sabem quantificar quando jogam os dados?”, “como vão fazer registro de quantidades se muitos ainda nem sabem recitar a série numérica até 10 convencionalmente, dizem 1, 3,2,10!”
Muito pertinente a preocupação de Sabrina, afinal de contas o papel da escola é assegurar a aprendizagem. Na Matemática, talvez mais do que nas outras áreas, as competências dos pequenos, quando chegam na escola, são muito díspares. Algumas crianças convivem com irmãos, brincam na rua ou na praça e essa interação intensa nos jogos e brincadeiras possibilita muitas aprendizagens na recitação dos números, na contagem, quantificação, comparação dos pontos do jogo para ver quem ganhou, lidam com o sistema monetário, etc. Enfim, muitos dos conteúdos de aprendizagem na matemática da turma de infantil II (veja as expectativas de aprendizagem desse nível aqui).
Já outras crianças, antes de ir para a escola ou no período contrário ao da escola, ficam muito tempo na frente da TV (muitas vezes vendo programas que pouco conteúdo acrescentarão a elas) e com poucas oportunidades de brincar e conviver com outras crianças e até mesmo adultos. Consequentemente, elas acabam tendo muito menos oportunidades de interação e aprendizagem. Dessa forma, a escola passa a ser a única fonte de interação com o outro em situações lúdicas, é onde poderão ter desafios com jogos e brincadeiras, cuidadosamente planejados, para que aprendam.
Considerando esse panorama investimos muito nos jogos. Os Jogos de preenchimento, de Percurso, Problemas da caixa, Histórias que envolvem situações problemas, Bingo, Mamãe da Rua, e outros (veja algumas aqui) são as melhores estratégias para ter a participação interessada das crianças e assegurar as aprendizagens.
No jogo a criança se comporta num nível de conhecimento acima do que ela de fato está, o interesse em fazer parte do grupo, tentar entender por que seus colegas gostam tanto de participar daquela situação, rir e se divertir com o grupo que sabe, é uma mola propulsora que propicia um comportamento de imitação que aos poucos vai fazendo sentido e possibilitando as aprendizagens… gradativamente os pequenos passam do imitar os comportamentos no jogo à atuação real, compreendendo as regras e utilizando as estratégias aprendidas. Outro argumento a favor dos jogos é que se faz muitas vezes o mesmo procedimento, se é para preencher um tabuleiro por exemplo, a criança vai jogar o dado muitas vezes e contar quantos pontos tirou, se for uma atividade no papel ela só faria uma vez.
Voltando à preocupação da profª Sabrina: não devemos esperar as crianças saberem para depois colocá-los no desafio, pelo contrário é preciso colocá-los para jogar e na busca pela compreensão do como se joga é que estarão aprendendo. A ideia de que as crianças devem saber fazer todos os procedimentos para poder participar é um equívoco, é durante o jogo, na interação com os colegas, com o professor e imitando os procedimentos dos parceiros mais experientes é que os pequenos vão aprender.
Bem, Sabrina organizou seu planejamento semanal contemplando 3 momentos coletivos onde todos os pequenos jogavam ou brincavam, para que ela pudesse observar a todos fez uma escala para ter a oportunidade de interagir (como participante do jogo) com todos ao longo da semana. Depois de 5 semanas pode ver o quanto os pequenos haviam aprendido.
E na sua escola quais os jogos, brincadeiras ou histórias que são propostos para os conteúdos de matemática?
TAGS: Educação Infantil, jogos para trabalhar Matemática, Matemática na Educação Infantil
23 de October de 2012 às 9:45 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Ensinar Matemática por meio jogos: uma boa estratégia para a Educação Infantil
Há alguns meses, a professora Sabrina, que faz parte da minha equipe, estava bem angustiada com os saberes de sua turma em relação aos conteúdos de Matemática. “Como que as crianças vão brincar de jogos de percurso se não sabem quantificar quando jogam os dados?”, “como vão fazer registro de quantidades se muitos ainda nem sabem recitar a série numérica até 10 convencionalmente, dizem 1, 3,2,10!”
Muito pertinente a preocupação de Sabrina, afinal de contas o papel da escola é assegurar a aprendizagem. Na Matemática, talvez mais do que nas outras áreas, as competências dos pequenos, quando chegam na escola, são muito díspares. Algumas crianças convivem com irmãos, brincam na rua ou na praça e essa interação intensa nos jogos e brincadeiras possibilita muitas aprendizagens na recitação dos números, na contagem, quantificação, comparação dos pontos do jogo para ver quem ganhou, lidam com o sistema monetário, etc. Enfim, muitos dos conteúdos de aprendizagem na matemática da turma de infantil II (veja as expectativas de aprendizagem desse nível aqui).
Já outras crianças, antes de ir para a escola ou no período contrário ao da escola, ficam muito tempo na frente da TV (muitas vezes vendo programas que pouco conteúdo acrescentarão a elas) e com poucas oportunidades de brincar e conviver com outras crianças e até mesmo adultos. Consequentemente, elas acabam tendo muito menos oportunidades de interação e aprendizagem. Dessa forma, a escola passa a ser a única fonte de interação com o outro em situações lúdicas, é onde poderão ter desafios com jogos e brincadeiras, cuidadosamente planejados, para que aprendam.
Considerando esse panorama investimos muito nos jogos. Os Jogos de preenchimento, de Percurso, Problemas da caixa, Histórias que envolvem situações problemas, Bingo, Mamãe da Rua, e outros (veja algumas aqui) são as melhores estratégias para ter a participação interessada das crianças e assegurar as aprendizagens.
No jogo a criança se comporta num nível de conhecimento acima do que ela de fato está, o interesse em fazer parte do grupo, tentar entender por que seus colegas gostam tanto de participar daquela situação, rir e se divertir com o grupo que sabe, é uma mola propulsora que propicia um comportamento de imitação que aos poucos vai fazendo sentido e possibilitando as aprendizagens… gradativamente os pequenos passam do imitar os comportamentos no jogo à atuação real, compreendendo as regras e utilizando as estratégias aprendidas. Outro argumento a favor dos jogos é que se faz muitas vezes o mesmo procedimento, se é para preencher um tabuleiro por exemplo, a criança vai jogar o dado muitas vezes e contar quantos pontos tirou, se for uma atividade no papel ela só faria uma vez.
Voltando à preocupação da profª Sabrina: não devemos esperar as crianças saberem para depois colocá-los no desafio, pelo contrário é preciso colocá-los para jogar e na busca pela compreensão do como se joga é que estarão aprendendo. A ideia de que as crianças devem saber fazer todos os procedimentos para poder participar é um equívoco, é durante o jogo, na interação com os colegas, com o professor e imitando os procedimentos dos parceiros mais experientes é que os pequenos vão aprender.
Bem, Sabrina organizou seu planejamento semanal contemplando 3 momentos coletivos onde todos os pequenos jogavam ou brincavam, para que ela pudesse observar a todos fez uma escala para ter a oportunidade de interagir (como participante do jogo) com todos ao longo da semana. Depois de 5 semanas pode ver o quanto os pequenos haviam aprendido.
E na sua escola quais os jogos, brincadeiras ou histórias que são propostos para os conteúdos de matemática?
TAGS: Educação Infantil, jogos para trabalhar Matemática, Matemática na Educação Infantil
Matemática no grupo de 3 anos: recitar, contar e quantificar!
16 de October de 2012 às 10:57 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Investigar os saberes de cada criança em relação à contagem ajuda o professor a propor atividades mais adequadas para os pequenos
“Eu não coloco o Felipe naquela escola, imagina que eles falaram que são feitas atividades de Matemática desde a turma de 3 aninhos!!” Essa foi a fala de uma vizinha minha, engenheira formada mas atualmente sendo exclusivamente mãe e dona de casa. Claro que não perdi a chance de fazer um discurso sobre o papel da escola na Educação Infantil e explicar quais deveriam ser as atividades de Matemática na turma de Infantil I.
Para começar, ela, enquanto mãe, já estava realizando várias brincadeiras que estavam aproximando o filho dela dos conteúdos de Matemática. Toda vez que o menino brincava de esconde-esconde e recitava a série numérica oralmente (enquanto o coleguinha se escondia), já estava aprendendo que recitar os números exige uma sequência determinada e fixa. Esse é justamente um dos primeiros conteúdos de Matemática trabalhados nas turmas com alunos 3 anos.
As crianças, desde muito pequenas, aprendem a recitar a sequência numérica por meio de brincadeiras, e brincando ela se engana, para, fala os números fora da ordem, recomeça e progride. Estes nomes aprendidos (um, dois, três….), primeiramente por prazer, estão carregados de significados, juntamente com outras atividades planejadas especificamente para se apropriarem da contagem, da quantificação e daí para o cálculo, que é o cerne do trabalho da Matemática (acesse aqui as expectativas de aprendizagem do Infantil I).
O conhecimento da série numérica passa por diferentes etapas: falam aleatoriamente (1,5,8,3…), recitam corretamente até o 10 e depois do 10 falam qualquer número (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,21,14,1000…), depois do 19 dizem 20,21,22,23,…até o 20 e 10, 20 e 11 numa lógica perfeitamente compreensível. Com o tempo e participando de muitas situações lúdicas, porém didáticas, a criança adquire a competência de recitar toda a série, às vezes se confundindo nas dezenas (20, 30, 40, 70, 50…), algo que logo também será superado.
É importante dizer que o fato da criança recitar oralmente a série numérica não significa que ela quantifica ou tenha construído o conceito de número. Quando a criança é solicitada a contar uma determinada quantia de peças do jogo ela pode ir apontando cada peça e dizendo 1,2,3,… até o 12, mas quando perguntada quantas são, ela olha perplexa para o adulto e recomeça a contar 1,2,3…, isso indica que ela já sabe fazer a contagem termo a termo mas ainda não compreende que o último número falado corresponde ao total de peças.
O conceito de número, que envolve fazer a síntese entre dois tipos de relação: ordem e inclusão hierárquica de classes. O que significa isso? Significa que cada objeto contado inclui o objeto que o precede na proporção de +1. O conceito de número não pode ser transmitido, mas construído pelo próprio indivíduo, então quanto mais oportunidades as crianças tiverem de participar de situações didáticas que criem a necessidade de contar, quantificar, aprimorar ou agilizar as estratégias de contagem, maior será a possibilidade de construção desse conceito (acesse aqui o planejamento do infantil I do começo do ano).
Sempre oriento os professores para que investiguem quais são os saberes de cada criança em relação à contagem, pois só assim poderão planejar atividades ajustadas para que aprendam mais.
E na sua escola as atividades de matemática no grupo de 3 a 4 anos estão ajudando-os a avançar em seus conhecimentos?
TAGS: como trabalhar números com as crianças, contagem termo a termo, Educação Infantil, Matemática na Educação Infantil, sequência numérica
16 de October de 2012 às 10:57 | Educação Infantil - Leninha Ruiz
Investigar os saberes de cada criança em relação à contagem ajuda o professor a propor atividades mais adequadas para os pequenos
“Eu não coloco o Felipe naquela escola, imagina que eles falaram que são feitas atividades de Matemática desde a turma de 3 aninhos!!” Essa foi a fala de uma vizinha minha, engenheira formada mas atualmente sendo exclusivamente mãe e dona de casa. Claro que não perdi a chance de fazer um discurso sobre o papel da escola na Educação Infantil e explicar quais deveriam ser as atividades de Matemática na turma de Infantil I.
Para começar, ela, enquanto mãe, já estava realizando várias brincadeiras que estavam aproximando o filho dela dos conteúdos de Matemática. Toda vez que o menino brincava de esconde-esconde e recitava a série numérica oralmente (enquanto o coleguinha se escondia), já estava aprendendo que recitar os números exige uma sequência determinada e fixa. Esse é justamente um dos primeiros conteúdos de Matemática trabalhados nas turmas com alunos 3 anos.
As crianças, desde muito pequenas, aprendem a recitar a sequência numérica por meio de brincadeiras, e brincando ela se engana, para, fala os números fora da ordem, recomeça e progride. Estes nomes aprendidos (um, dois, três….), primeiramente por prazer, estão carregados de significados, juntamente com outras atividades planejadas especificamente para se apropriarem da contagem, da quantificação e daí para o cálculo, que é o cerne do trabalho da Matemática (acesse aqui as expectativas de aprendizagem do Infantil I).
O conhecimento da série numérica passa por diferentes etapas: falam aleatoriamente (1,5,8,3…), recitam corretamente até o 10 e depois do 10 falam qualquer número (1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,21,14,1000…), depois do 19 dizem 20,21,22,23,…até o 20 e 10, 20 e 11 numa lógica perfeitamente compreensível. Com o tempo e participando de muitas situações lúdicas, porém didáticas, a criança adquire a competência de recitar toda a série, às vezes se confundindo nas dezenas (20, 30, 40, 70, 50…), algo que logo também será superado.
É importante dizer que o fato da criança recitar oralmente a série numérica não significa que ela quantifica ou tenha construído o conceito de número. Quando a criança é solicitada a contar uma determinada quantia de peças do jogo ela pode ir apontando cada peça e dizendo 1,2,3,… até o 12, mas quando perguntada quantas são, ela olha perplexa para o adulto e recomeça a contar 1,2,3…, isso indica que ela já sabe fazer a contagem termo a termo mas ainda não compreende que o último número falado corresponde ao total de peças.
O conceito de número, que envolve fazer a síntese entre dois tipos de relação: ordem e inclusão hierárquica de classes. O que significa isso? Significa que cada objeto contado inclui o objeto que o precede na proporção de +1. O conceito de número não pode ser transmitido, mas construído pelo próprio indivíduo, então quanto mais oportunidades as crianças tiverem de participar de situações didáticas que criem a necessidade de contar, quantificar, aprimorar ou agilizar as estratégias de contagem, maior será a possibilidade de construção desse conceito (acesse aqui o planejamento do infantil I do começo do ano).
Sempre oriento os professores para que investiguem quais são os saberes de cada criança em relação à contagem, pois só assim poderão planejar atividades ajustadas para que aprendam mais.
E na sua escola as atividades de matemática no grupo de 3 a 4 anos estão ajudando-os a avançar em seus conhecimentos?
TAGS: como trabalhar números com as crianças, contagem termo a termo, Educação Infantil, Matemática na Educação Infantil, sequência numérica
A Matemática na turma de 5 anos
13 de August de 2013 às 13:45 | Educação Infantil - Leninha Ruiz, Gestão Escolar
Na Educação Infantil, os conhecimentos das crianças são muito díspares. Precisamos garantir que todos avancem em seus conhecimentos
Na Educação Infantil, os conhecimentos das crianças são muito díspares. Precisamos garantir que todos avancem em seus conhecimentos
A professora Luciana assumiu uma licença no infantil 3 há algumas semanas. Ela estava bem contente com a turma e se surpreendeu como as crianças já sabiam vários conteúdos de Matemática que estavam no planejamento. Entretanto, quando foi atualizar a pauta de observação individual dos pequenos, ficou perplexa e me disse: “Leninha, não estou entendendo… algumas crianças só conseguem fazer as atividades quando estão em grupo. Quando a proposta é fazer individualmente, não conseguem. Até parece que não sabem…”
Situações como essa são comuns na Educação Infantil. As crianças possuem conhecimentos muito díspares em Matemática. Muitos já têm experiências em jogos e chegam sabendo contar, fazer pequenos cálculos, registrar quantidades e interpretar números, mas outros ainda precisam aprender a recitar a sequência numérica. Diante disso, como nós, coordenadores pedagógicos, podemos ajudar os professores a planejar situações didáticas nas quais todos os meninos aprendam e avancem em seus conhecimentos?
Para responder a essa questão, hoje vou falar para vocês sobre algumas propostas para a turma do infantil 3, com crianças de 5 anos. Para os que procuram informações sobre os mais novos, podem recorrer a dois outros posts em que abordei a Matemática: um sobre os conteúdos na turma de infantil 1 com crianças de 3 anos (acesse aqui), e outro sobre a importância dos jogos no infantil 2 com crianças 4 anos (acesse aqui).
Temos que lembrar que o aprendizado da Matemática pela criança ocorre na medida em que sua ação se torna necessária para que ela resolva uma situação que faça sentido e seja clara. Como, por exemplo, responder uma boa pergunta (quantos pincéis vamos precisar buscar para que cada criança tenha um?), compreender as regras de um jogo ou saber que time ganhou no campo minado (veja o jogo aqui). Além dessas, existem muitas outras ocasiões que envolvem os conteúdos procedimentais, nas quais a criança precisa elaborar estratégias – ainda que provisórias e certamente não convencionais – para resolver uma situação problema.
Voltando ao nosso exemplo inicial… É comum que os docentes de Educação Infantil criem situações que acontecem em grupo e as respostas sejam dadas em coro. Isso deixa a impressão de que todos sabem. Neste ponto, destaco a importância da observação individual dos procedimentos de cada criança e o registro em uma pauta de observação. Essa prática vai garantir que o professor tenha clareza do que cada um sabe e, assim, poderá propor atividades diferenciadas e fazer agrupamentos produtivos.
Quando digo agrupamento produtivo, falo de fazer duplas ou trios que possuam conhecimentos próximos e possam se ajudar. Ora, se o professor colocar uma criança que já sabe contar até 100 e fazer alguns cálculos com outra que só recita os números até 10 e não quantifica não haverá troca. Simplesmente a primeira resolve tudo! É preciso que o agrupamento possibilite interação, colaboração e até discussão para resolver a situação proposta.
Em um momento de atendimento individual com a professora Luciana, elaboramos juntas um mapeamento dos conteúdos que cada criança ou cada grupo de crianças já sabia, quais precisavam aprender e quais seriam os agrupamentos mais adequados. Depois, ajudei minha colega a elaborar atividades adequadas aos diferentes saberes de seus pequenos.
Essas atividades devem ser desafiadoras para a criança, mas não impossíveis! Se ela resolve com facilidade, é porque já sabe. Se não consegue resolver, é porque está além de seus conhecimentos prévios. Nesses dois casos, ela não aprende!
Para ajudá-los nesse trabalho, vou disponibilizar um planejamento de atividades para a turma de 5 anos, com exemplos de possibilidades didáticas e pauta de observação (acesse aqui). Também deixo para vocês o quadro de expectativas de aprendizagens para essa faixa etária que organizei com as professoras da EMEI Profª Maria Alice Pasquarelli, onde eu era coordenadora pedagógica (acesse aqui).
E vocês, coordenadores, como lidam com as diferentes situações de Matemática nas suas escolas?
Um beijo, Leninha
TAGS: Educação Infantil, infantil 3, Matemática
13 de August de 2013 às 13:45 | Educação Infantil - Leninha Ruiz, Gestão Escolar
Na Educação Infantil, os conhecimentos das crianças são muito díspares. Precisamos garantir que todos avancem em seus conhecimentos
Na Educação Infantil, os conhecimentos das crianças são muito díspares. Precisamos garantir que todos avancem em seus conhecimentos
A professora Luciana assumiu uma licença no infantil 3 há algumas semanas. Ela estava bem contente com a turma e se surpreendeu como as crianças já sabiam vários conteúdos de Matemática que estavam no planejamento. Entretanto, quando foi atualizar a pauta de observação individual dos pequenos, ficou perplexa e me disse: “Leninha, não estou entendendo… algumas crianças só conseguem fazer as atividades quando estão em grupo. Quando a proposta é fazer individualmente, não conseguem. Até parece que não sabem…”
Situações como essa são comuns na Educação Infantil. As crianças possuem conhecimentos muito díspares em Matemática. Muitos já têm experiências em jogos e chegam sabendo contar, fazer pequenos cálculos, registrar quantidades e interpretar números, mas outros ainda precisam aprender a recitar a sequência numérica. Diante disso, como nós, coordenadores pedagógicos, podemos ajudar os professores a planejar situações didáticas nas quais todos os meninos aprendam e avancem em seus conhecimentos?
Para responder a essa questão, hoje vou falar para vocês sobre algumas propostas para a turma do infantil 3, com crianças de 5 anos. Para os que procuram informações sobre os mais novos, podem recorrer a dois outros posts em que abordei a Matemática: um sobre os conteúdos na turma de infantil 1 com crianças de 3 anos (acesse aqui), e outro sobre a importância dos jogos no infantil 2 com crianças 4 anos (acesse aqui).
Temos que lembrar que o aprendizado da Matemática pela criança ocorre na medida em que sua ação se torna necessária para que ela resolva uma situação que faça sentido e seja clara. Como, por exemplo, responder uma boa pergunta (quantos pincéis vamos precisar buscar para que cada criança tenha um?), compreender as regras de um jogo ou saber que time ganhou no campo minado (veja o jogo aqui). Além dessas, existem muitas outras ocasiões que envolvem os conteúdos procedimentais, nas quais a criança precisa elaborar estratégias – ainda que provisórias e certamente não convencionais – para resolver uma situação problema.
Voltando ao nosso exemplo inicial… É comum que os docentes de Educação Infantil criem situações que acontecem em grupo e as respostas sejam dadas em coro. Isso deixa a impressão de que todos sabem. Neste ponto, destaco a importância da observação individual dos procedimentos de cada criança e o registro em uma pauta de observação. Essa prática vai garantir que o professor tenha clareza do que cada um sabe e, assim, poderá propor atividades diferenciadas e fazer agrupamentos produtivos.
Quando digo agrupamento produtivo, falo de fazer duplas ou trios que possuam conhecimentos próximos e possam se ajudar. Ora, se o professor colocar uma criança que já sabe contar até 100 e fazer alguns cálculos com outra que só recita os números até 10 e não quantifica não haverá troca. Simplesmente a primeira resolve tudo! É preciso que o agrupamento possibilite interação, colaboração e até discussão para resolver a situação proposta.
Em um momento de atendimento individual com a professora Luciana, elaboramos juntas um mapeamento dos conteúdos que cada criança ou cada grupo de crianças já sabia, quais precisavam aprender e quais seriam os agrupamentos mais adequados. Depois, ajudei minha colega a elaborar atividades adequadas aos diferentes saberes de seus pequenos.
Essas atividades devem ser desafiadoras para a criança, mas não impossíveis! Se ela resolve com facilidade, é porque já sabe. Se não consegue resolver, é porque está além de seus conhecimentos prévios. Nesses dois casos, ela não aprende!
Para ajudá-los nesse trabalho, vou disponibilizar um planejamento de atividades para a turma de 5 anos, com exemplos de possibilidades didáticas e pauta de observação (acesse aqui). Também deixo para vocês o quadro de expectativas de aprendizagens para essa faixa etária que organizei com as professoras da EMEI Profª Maria Alice Pasquarelli, onde eu era coordenadora pedagógica (acesse aqui).
E vocês, coordenadores, como lidam com as diferentes situações de Matemática nas suas escolas?
Um beijo, Leninha
TAGS: Educação Infantil, infantil 3, Matemática
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Centros de Educação Infantil da Rede de Içara
Centro de Educação Infantil A Magia do Aprender
Rua Geral, s/n –Bairro Lombas
– Içara
Fone:(48)----------
Diretora: Márcia Beatriz Fernandes Cruz
Horário de funcionamento 13h às 17h o CEI atende crianças 03 a 06
anos.
Centro de Educação Infantil Alegria do Saber
Rua São Vivente, s/n –Bairro Presidente Vargas – Içara
Fone:(48)3478-6946
Diretora: Beatrice Oselane Schimidt João
Horário de funcionamento 7h às 19h o CEI atende crianças 01 a 06
anos em período integral.
Centro de Educação Infantil Algodão Doce
Rua José Studiziski, 268 – Bairro
Jaqueline – Içara
Fone:(48) 3432-6204
Diretora:Edilaine Puziski Madeira Soratto
Atende crianças 03 a 06 anos funciona das 7h às 19h, atendendo em
período integral.
Centro de Educação Infantil Aprendendo
Brincando
Rua Padre Réus, s/n –Bairro Planalto – Içara
Fone:(48) 3442-0907
Diretora: Rosiris Pavei Severino
Horário de funcionamento 7h às 19h o CEI atende crianças 01 a 06
anos em período integral.
Centro de Educação Infantil Aventura de Criança
Rua Geral, s/n –Bairro Linha Pascoaline – Içara
Fone: (48) ----------
Diretora:Tatiane Casagrande
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h o CEI atende
crianças 03 a 06 anos, atendendo em período integral.
Centro de Educação Infantil Silvia Vieira Teixeira
Rua Geral, s/n – Bairro
Tereza Cristina – Içara
Fone: (48) 8444-4252
Diretor: Darcionir Soratto
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h o CEI atende
crianças 03 a 06 anos, em período integral.
Centro de Educação Infantil Balão Mágico
Rua Geral, s/n –Bairro Jardim Silvana – Içara
Fone:(48) 9906-9467
Diretora: Jussélia Dagostim de Freitas
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h o CEI atende
crianças 03 a 06 anos, atendendo em período integral.
Centro de Educação Infantil Bem-Me-Quer
Rua Geral, s/n –Bairro Coqueiros – Içara
Fone: (48) 9922-5658
Diretora: Clenir Teodoro Lino Borges
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h
o CEI atende crianças 03 a 06 anos, atendendo em período integral
Centro de Educação Infantil Branca de Neve
Rua Geral, s/n –Bairro Loteamento
Ana Elisa – Içara
Fone: (48)----------
Diretora: Clenir Teodoro Lino Borges
Horário de funcionamento 13h às 17h o CEI atende crianças 03 a 06
anos.
Centro de Educação Infantil Cantinho do Sorriso
Rua Geral, s/n –Bairro Esplanada – Içara
Fone: (48) ------
Diretora: Tatiane Casagrande
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h o CEI atende
crianças 03 a 06 anos, atendendo em período integral.
Centro de Educação Infantil Carrossel
Rua Geral, s/n –Bairro Poço Oito – Içara
Fone:(48) -----------
Diretora:Edilaine Puziski Madeira Soratto
Horário de funcionamento 13h às 17h o CEI atende crianças 03 a 06
anos.
Centro de Educação Infantil Chapeuzinho
Vermelho
Rua Joaquim Mendes, s/n – Bairro Aurora – Içara
Fone:(48) 9639-5409
Diretora: Maria Inês Vieira Cascaes
Atende crianças 03 a 06 anos funciona das 7h às 19h, atendendo em
período integral.
Centro de Educação Infantil Cinderela
Rua 17 de Dezembro, s/n –Bairro Mareli – Içara
Fone:(48) 3439-7063
Diretora: Rosiris Pavei Severino
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h
o CEI atende crianças 03 a 06 anos, atendendo em período integral
Centro de Educação Infantil Criança Feliz
Rua Dona Catarina, s/n –Bairro Loteamento Jussara – Içara
Fone:(48) --------
Diretora: Mere Terezinha Moneretto Vieira
Horário de funcionamento 8h às 12h e 13h às 17h o CEI atende
crianças 03 a 06 anos.
Centro de Educação Infantil Espaço para Crescer
Rua Eloir Del Center, 44
–Bairro Vila Nova – Içara
Fone: (48)----------
Diretora:Marlene Ronsani Mazzuchetti
Horário de funcionamento 13h às 17h o CEI atende crianças 03 a 06
anos.
Crianças
10 habilidades emocionais que as crianças precisam desenvolver...
... e como você pode ajudar seu filho na prática no dia a dia
Por Fernanda Carpegiani - atualizada em 30/07/2013 15h48
Autoconfiança
Ressaltar as qualidades do seu filho e mostrar que você acredita na capacidade dele é a chave para que ele faça o mesmo. Na hora de repreendê-lo, por exemplo, foque no comportamento ruim em vez de rotulá-lo. “É preciso censurar o fato e não quem o praticou. Se eu digo a uma criança que ela é teimosa, ela vai acreditar nisso e se tornar mais teimosa”, explica Edimara de Lima, psicopedagoga e diretora da Prima Escola Montessori, em São Paulo. Reforce o que for positivo, mas não elogie sempre, só por elogiar, para não criar uma postura arrogante nem uma pessoa que não saberá lidar com críticas. No dia a dia, mostre que ele pode contar com seu apoio para realizar tarefas simples, como escovar os dentes, mas, ao mesmo tempo, dê autonomia para que ele aprenda a fazer sozinho e encontre a sua própria maneira.
Coragem
Ter medo de algo que não conhecemos ou não conseguimos entender é natural, e até esperado. Toda criança já teve medo do escuro ou do bicho papão. Para ajudar seu filho a encarar esses e muitos outros receios que vão surgir (do vestibular, de aprender a dirigir e até de conhecer a sogra), dê espaço para que ele expresse e entenda o que está sentindo. Uma boa dica é usar livros e filmes que falem sobre esses medos. O primeiro dia na escola pode parecer assustador, mas depois que ele enfrentar as primeiras horas e se acostumar com a classe vai perceber que está tudo bem, e que ele nem precisava ter ficado com tanto medo. “A coragem é essencial para que possamos aceitar desafios, ir atrás dos nossos objetivos, aprender coisas novas e defender os nossos valores”, afirma Steven Brion-Meisels, educador que há mais de 35 anos trabalha com o tema e é professor da Escola Superior de Educação de Harvard, da Lesley University (ambas nos EUA) e da Universidade de Los Andes (Bogotá, Colômbia).
Paciência
“Tá chegando?” Quantas vezes você já ouviu isso durante uma viagem longa? Aprender que não podemos controlar tudo e que é preciso saber esperar não é fácil nem para nós, adultos, imagine então para uma criança que está ansiosa, entediada ou ainda não entende totalmente a passagem do tempo. Mas as filas de banco e as salas de espera de consultórios médicos são apenas algumas das situações que vão exigir do seu filho paciência. Mostre para ele que cada coisa tem o seu tempo. Um jogo em família ou uma conversa na mesa de jantar são bons exemplos de situações cotidianas em que cada um precisa esperar a sua vez, seja para jogar ou para falar e ser ouvido.
Tolerância
Quando estiver aprendendo a andar, seu filho vai se desequilibrar e cair, e por isso mesmo precisa do seu apoio e incentivo para perceber que um pouco de treino e muita persistência vão garantir seus primeiros passos. E esse é apenas um dos muitos desafios que ele vai enfrentar, então não caia na tentação de fazer tudo por ele. “O estímulo positivo é importante. Mostre que o fato de ele não ter sucesso naquele momento, naquela atividade específica, não quer dizer que ele nunca vai conseguir vencer o desafio”, diz Quézia Bombonatto, terapeuta familiar e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Só assim ele vai poder traçar metas e superar os obstáculos para alcançar seus objetivos sem desistir no meio do caminho.
Persistência
Quando vai para a escola, seu filho entra em contato com dezenas de outras crianças com realidades e comportamentos diversos e muitas vezes totalmente diferentes de tudo que ele conhece. Aprender a aceitar essas diferenças é o começo do caminho para uma convivência tranquila e harmoniosa com o outro. “É importante criar oportunidades de interações mais cooperativas, como jogos coletivos, para que a criança comece a conhecer tanto as regras quanto as necessidades dos outros”, afirma o psicólogo Ricardo Franco de Lima, especializado em Neurologia Infantil. E os seus modelos também contam muito para o desenvolvimento da tolerância do seu filho. Ele só vai aprender a compreender o outro se vir os pais fazendo isso no dia a dia. Quer um exemplo? Sua atitude com os mais velhos é que vai ajudá-lo a ter paciência com os avós e com o irmão mais novo.
Autoconhecimento
Quem sou eu? Eu gosto disso ou prefiro aquilo? Essas indagações só vão passar pela cabeça do seu filho por volta dos 3 anos. É quando ele vai começar a se questionar, a se perceber e, claro, a expressar suas vontades, agora com motivos e razões mais consistentes. Aos poucos, ele vai se conhecer melhor e isso será fundamental para que ele pense e aja com mais segurança, respeitando o que sente. Também é o primeiro passo para se relacionar com as pessoas à sua volta. “A criança aprende primeiro a se relacionar com ela mesma, a entender o que sente, para depois transferir esse conhecimento para a relação com o outro”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto. Incentive seu filho a perceber quais são suas preferências, pergunte, peça para ele explicar, conte as suas próprias histórias. Sempre ofereça opções e pergunte de qual ele gosta mais e o porquê.
Controle dos impulsos
Uma sala vazia, uma criança de quatro anos e um marshmallow. A proposta é simples: ela pode comer o doce ou esperar e ganhar mais um, ficando com dois. Esse teste foi criado por um pesquisador da Universidade de Stanford (EUA) há mais de 50 anos para analisar quais crianças eram capazes de controlar suas emoções para conseguir conter seus impulsos.
O estudo voltou a analisar as mesmas crianças anos depois, no ensino médio, e aquelas que resistiram à tentação de comer o primeiro marshmallow por cerca de 20 minutos tinham um desempenho escolar maior do que as que comeram. Isso porque elas sabiam adiar a satisfação para ter uma recompensa. “Querer não é errado, mas nem sempre é possível ter o que queremos, por isso é tão importante controlar o desejo e as reações frente aos impulsos”, diz o psicoterapeuta Iuri Capelatto. Em casa, terá dias que ele vai querer comer correndo para ganhar logo a sobremesa. Mas ensine que ele deve, primeiro, esperar todos acabarem o jantar.
Resistência às frustrações
“Dizer não é a maior prova de amor que um pai pode dar”, afirma a psicóloga Ceres de Araújo. É assim, com pequenas doses de frustração, que seu filho vai aprender a lidar com as adversidades e a superar os problemas sem se deixar abater. Isso é o que os especialistas chamam de resiliência, ou seja, a capacidade de sobreviver às dificuldades e usá-las como fonte de crescimento e aprendizado. Se ele não souber lidar com pequenos “nãos”, como “aí não pode”, “é hora de ir embora”, “esse brinquedo é caro demais”, terá mais dificuldade de aceitar e superar o não do chefe ou da namorada, por exemplo. E tentar poupá-lo só vai atrapalhar. “Os pais precisam parar de confundir felicidade com satisfação de desejos. As crianças precisam ter contato com pequenas impossibilidades para poder lidar com as maiores depois”, completa a psicopedagoga Edimara. Portanto, não se culpe por ter de dizer não a ele de vez em quando. Isso só fará bem para todos vocês!
Comunicação
Conversar sobre o que seu filho fez durante o dia é um estímulo para que ele aprenda a organizar as ideias e transformá-las em frases de uma forma que os outros possam compreender. Provavelmente a primeira resposta será “legal”, mas não desista! Fazer outras perguntas ou até falar sobre o seu dia também pode ajudar. Afinal, de nada vai adiantar ele ter boas ideias se não conseguir contá-las aos outros. “Outras atividades que favorecem a interação verbal também são importantes, como contar e recontar histórias, interpretar essas mesmas histórias e ler um livro junto com os filhos”, diz o psicólogo Ricardo Franco de Lima. Mas mesmo antes de aprender a falar, o bebê já se comunica por meio de gestos e precisa ser estimulado a verbalizar. Se ele apontar para um objeto, por exemplo, em vez de entregá-lo prontamente, pergunte o que ele quer, fale o nome do objeto e dê um tempo para ele tentar articular alguns sons. Depois que ele aprender a ler e escrever, procure ensiná-lo também que, além da linguagem do bate-papo com os amigos, será importante para a vida que ele saiba o português formal, por mais complicado que isso possa parecer.
Empatia
Até por volta dos 2 anos, a criança só consegue ver as coisas a partir da sua perspectiva. A partir dessa idade ela já consegue se colocar no lugar do outro e pode começar a exercitar plenamente a empatia. “Para que seu filho entenda o que outra pessoa está sentindo, ele precisa de ajuda para reconhecer, nomear e expressar suas próprias emoções, bem como as consequências das suas ações”, diz o psicólogo Ricardo de Franco Lima. Diante de um conflito, pergunte por que ele agiu assim, o que pensou e sentiu e incentive-o a imaginar o que o outro está sentindo também, levantando possibilidades, mas deixando que ele mesmo crie maneiras de resolver a briga.
Assinar:
Postagens (Atom)